HUGO CHAVEZ E BENEDITO LEITE

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O leitor, perplexo e precipitado, certamente questionará se estou na plenitude das minhas faculdades mentais, pelo exercício de comparar ou traçar um paralelo entre o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chavez, e o ex-governador do Maranhão, Benedito Leite.
Na verdade, quando se tenta achar afinidades políticas ou encontrar linhas de comportamento entre as duas personalidades, ver-se-á que nada há que possa juntá-las ou identificá-las.
Hugo Chaves, por exemplo, foi presidente da República de um país da América do Sul, governou seu país de forma ditatorial, teve seu momento de fulgor político no século XXI, era um comunicador de mão cheia e um governante populista. Benedito Leite, por sua vez, no começo do século XX, foi governador de um dos estados mais atrasados do Brasil, não tinha índole ditatorial, mas, como político, mandou no Maranhão por 15 anos. Em síntese: viveram em épocas e lugares nada coincidentes.
Num aspecto, contudo, um fio liga a biografia do ex-presidente venezuelano a do ex-governador maranhense. Trata-se do mistério em torno das doenças que os levaram à morte.
O governo venezuelano sempre escondeu a verdade sobre a doença que venceu Hugo Chavez. Durante os quase dois anos de seu sofrimento, a única informação consistente era que a enfermidade estava localizada na região pélvica. Só nos últimos tempos de sua vida, veio a verdade: ele foi acometido de um tumor na próstata, em estágio avançado, que tomara conta de seus ossos, ou seja, um sarcoma, forma rara de câncer.
O governo maranhense também jamais disse a verdade sobre a doença que atacou Benedito Leite, e que se agravou ao assumir o Poder Executivo do Estado. Todos os jornais de São Luís, até mesmo os que lhe faziam oposição, economizavam palavras sobre o estado de saúde do governador. Quando muito diziam que ele estava acometido de uma séria enfermidade.
Por causa dessa grave enfermidade, Benedito Leite, eleito em 1905, para o quatriênio que começava em 1906 e terminaria em 1910, foi obrigado a afastar-se do governo em maio de 1908 e viajar para a França, para submeter-se a tratamento médico especializado.
O Maranhão só soube da verdadeira “causa mortis” do governador por meio de seu mais completo biógrafo, o historiador Jerônimo Viveiros, que, no livro intitulado “Benedito Leite um verdadeiro republicano”, relata, com tristeza, o falecimento do notável homem público maranhense a 6 de maio de 1909, Hyéres, na França
Disse ele: “A moléstia do coração que vitimou Benedito Leite vinha de anos passados. Agravou-se no governo do Estado.
“Inesperadamente, veio-lhe um acesso forte. Uma junta médica aconselhou seu afastamento do governo, numa viagem de repouso na França. Não se deu bem em Paris. Mandaram-no para Hyéres, uma cidadezinha do sul, batida pelos ares amenos do Mediterrâneo.
“Fora um erro. Longe do Maranhão, havia de diminuir-lhe, de fato, os afazeres, não, porém, as preocupações políticas, que os casos seriam submetidos à decisão, onde quer que estivesse. Assim, a ausência só lhe traria o bem do descanso, o que não compensaria o pesar pela falta do convívio dos amigos e pela imensa saudade da terra querida”.
A morte de Benedito Leite, além da consternação que trouxe ao povo maranhense, pois era considerado um homem de bem e um administrador de exaltadas virtudes, provocou também uma crise institucional no Estado, que ainda se ajustava para consolidar-se ao recente regime republicano instalado no país.
Antes de viajar para a França, Benedito Leite passou o cargo para o 2º vice, Artur Quadros Colares Moreira. Este, em 25 de fevereiro de 1909, em viagem para o Rio de Janeiro, onde iria cuidar de assuntos políticos, transmitiu o governo para o deputado Mariano Lisboa, presidente do Congresso Legislativo do Estado.
Colares Moreira quando retornou da capital da República, foi impedido, em São Luís, de reassumir o cargo. O deputado Mariano Lisboa, no exercício do governo, recusou-se a fazê-lo sob o argumento de que o 2º vice ausentara-se do Maranhão sem a devida autorização do Congresso Legislativo.
Como nenhum dos dois abriu mão do poder, o impasse logo se estabeleceu e o Maranhão passou a ser governado por Colares Moreira e Mariano Lisboa. A crise, conhecida por “Dualidade”, só acabou quando o presidente da República, Nilo Peçanha, interveio e mandou a São Luis o comandante da Região Militar, general Rodrigues Campos, o qual, depois de longos e exaustivos entendimentos, levou o vice e o presidente do Congresso a renunciarem.
Abafada a crise, assumiu o interinamente o governo do Estado, o novo presidente do Congresso estadual, Américo Vespúcio.

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CARTA DO AMIGO SARNEY

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Envaideço-me de ser amigo fraterno do cidadão e político José Sarney, do qual tenho recebido, sempre, demonstrações de apreço pessoal.
Não é de hoje que ele dispensa-me gentilezas, fazendo que eu as retribua com a mesma intensidade e afeto. São frutos da admiração recíproca nas áreas políticas, humanas e intelectuais.
Não foram poucas às vezes em que pude avaliar e ter a certeza de que essa amizade é verdadeira, sincera e duradoura. Agora mesmo, chega às minhas mãos um documento que me deixou emocionado, feliz e honrado. Em meio a tantas homenagens e mensagens de amigos, por causa da sessão especial, realizada pela Assembleia Legislativa, no dia 18 de fevereiro último, que simbolicamente devolveu-me o mandato eletivo, violentamente extorquido em abril de 1964, de Sarney recebo uma carta singela, calorosa e histórica.
Vou torná-la pública, para que se possa dimensionar o lado solidário do seu remetente: “ Meu caro Buzar. Quero abraçá-lo afetuosamente e dizer da minha satisfação pela solenidade da Assembleia Legislativa reparando-lhe, simbolicamente, o ato de truculência cometido contra você durante aqueles primeiros dias da Revolução de 64.
“ O Maranhão, para tristeza nossa, foi um dos poucos estados em que se aproveitou a perplexidade do momento para que a Assembleia pudesse fazer uma limpeza de adversários, um gesto que nem dos chefes da Revolução obteve concordância.
“ Como disse em artigo, o presidente Castelo Branco, ao tomar conhecimento das cassações no Maranhão, mandou que os comandantes militares de todas as Regiões interviessem para que as Assembleias Legislativas se abstivessem de determinar punições, o que somente a eles era reservado.
“À época, ao que me consta, passou pelo Estado um enviado do presidente Castelo com essas determinações.
“ O Congresso Nacional não fez nenhum ato de cassação de colegas; todas as cassações de parlamentares foram determinadas por militares com base no AI-1 e, em algumas vezes, o Parlamento, como no gesto do presidente da Câmara de Deputados, Adauto Cardoso, recusou-se a cumpri-las.
“ Sei perfeitamente que o ato do deputado Arnaldo Melo, igual ao que fizemos no Senado, com relação ao presidente Juscelino Kubitscheck, não apaga a mancha da injustiça que lhe foi perpetrada, mas, sem dúvida alguma, representa o resgate para a memória do presente do quanto você representa em dignidade política, sendo vítima de uma época que, felizmente, foi ultrapassada pela História do Brasil. Receba um abraço afetuoso do seu amigo, José Sarney”.
O autor desta carta teve soberbas razões para guardar certas reservas à minha pessoa, pois, em 1965, quando das eleições ao governo do Estado, eu, já com o mandato cassado pela Assembleia Legislativa, atirei-me de corpo e alma na campanha sucessória, ficando ao lado da candidatura de Renato Archer.
Em se elegendo governador, Sarney poderia vingar-se quando Joaquim Itapary indicou-me para fazer parte do corpo técnico da Sudema, o principal órgão do governo, que cuidava do planejamento, controle e aplicação dos recursos estaduais nas obras de infra-estrutura. Ao contrário, não fez qualquer restrição ou oposição, dando importância ao meu ingresso no setor público, do qual estava à margem e sendo mal visto pelas forças da repressão.
Mais ainda: quando os militares começaram a pressionar Sarney para que fizesse um completo expurgo na máquina administrativa do Estado, que estaria contaminada e ocupada por “elementos subversivos”, do quilate de Bandeira Tribuzi, Joaquim Itapary, Mário Leal, Celso Coutinho, Sálvio Dino, Arlindo Raposo, eu e mais outros, o que se viu?
Foi o jovem e corajoso governador sair em defesa dos acusados de “práticas subversivas”, bem como repudiar as tentativas de demiti-los sumariamente do governo. Assim procedia porque acreditava que estávamos engajados no projeto de fazer o Maranhão sair do estágio de abandono e do secular atraso político, social e econômico em que se encontrava.
Por causa dessa indomável posição, José Sarney por pouco não foi degolado pelo Ato Instituição -5. Sua cabeça foi reiteradamente colocada na mesa, tanto que chegou a emitir um manifesto ao povo maranhense, em que relatava as pressões que vinha sofrendo e, se perdesse o mandato de governador, deixaria o Palácio dos Leões ciente do dever cumprido.
Esse é o lado altamente positivo de Sarney, que pouca gente, nos dias correntes, conhece e procura minimizá-lo. Alguns por desinformação, outros por ignorância ou má-fé. Trata-se de uma operação macabra, visando distorcer a sua imagem política e apresentá-lo como um carreirista ou obcecado pelo poder, o que não corresponde com a verdade e a realidade.

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O ITAPECURUENSE ZUZU NAHUZ

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Dias atrás, recorri ao exercício da memória na tentativa de encontrar ou descobrir um itapecuruense que devote a terra onde nasci um desvelo tão forte quanto o meu.
Considero-me um itapecuruense profissional, só para lembrar o escritor Josué Montello quando se referia a São Luís. Não consigo esquecer o meu torrão natal. Esteja onde estiver, fora ou dentro do Brasil, a passeio ou a serviço, as lembranças de minha infância e adolescência, ali vividas, continuam presas no meu pensamento. Daí o meu espanto quando vejo pessoas que desprezam a terra em que nasceram e a ela não dedicam nenhum apreço.
Aprendi a amar o Itapecuru mercê dos exemplos legados por meu pai-Abdala Buzar, que, em vida, como homem público ou empresário, fez tudo pela terra aonde chegou recém-nascido, conquistou o registro civil, construiu família e tornou-se digno da admiração e da estima do povo.
Feitas essas considerações, uma revelação se impõe como resultado de uma longa e sensata reflexão: esse carinho desmesurado que devoto a Itapecuru só tiro o chapéu para a figura humana de Raimundo Nonato Coelho Nahuz, que se tornou conhecida por Zuzu Nahuz.
Seja como redator dos jornais O Combate e A Tarde, seja como dono do Correio do Nordeste, Zuzu deixou farta e preciosa documentação sobre a terra em que nasceu, evocando-a em suas crônicas e artigos as coisas, os fatos, os eventos, os acontecimentos e as pessoas de Itapecuru.
Tenho em meu poder mais de cem cópias dessas crônicas, nas quais fazia comentários e discorria sobre episódios factuais de Itapecuru, nas décadas de 1930 e 1940, quando ali morou em companhia dos pais e irmãos. Toda essa produção jornalística foi conseguida na Biblioteca Pública do Estado do Maranhão, quando eu fazia pesquisa e recolhia subsídio para escrever o esgotado e sempre procurado – O Vitorinismo.
Estes artigos, que mostram também a privilegiada memória de Zuzu, estão guardados, conservados, revisados e digitalizados, à espera, prioritariamente, de um órgão público ou de um prefeito de Itapecuru, que se sensibilize e autorize a publicação. Mas se não encontrar quem o faça, prometo que, até antes de viajar para a cidade dos pés juntos, eu darei este presente às novas gerações itapecuruenses.
Para quem não conheceu pessoalmente Zuzu, convém esclarecer que as crônicas foram escritas após ele ter perdido a visão. A esse respeito, em artigo publicado no Correio do Nordeste, de 15 de abril de 1962, intitulado “Sentença Inexorável”, confessa, de maneira triste, mas realista, como começou o processo que fez os seus olhos deixarem de brilhar e de ver a luz do dia: “O calendário marca 16 de março de 1930, são 10 horas da manhã. Estou em pleno “Colégio Magalhães de Almeida”, na Rua do Egito, na legendária Itapecuru-Mirim. Chega a minha vez para a aula de leitura no livro “Nossa Pátria”, de Rocha Pombo. Nada pude fazer, infelizmente. Surgia diante de mim, o fantasma da cegueira! As letras fugiram dos meus olhos e eu de cabeça baixa disse ao saudoso professor Oliveira Roma: Não estou enxergando nada. Não sei o que há comigo. De repente, as lágrimas correram impetuosas pelo meu rosto. Fui acometido de uma crise nervosa”.
O relato de Zuzu é longo e impede-me de transcrevê-lo na íntegra. Mas diz que, no dia seguinte ao seu drama, em viagem de trem, acompanhado dos pais, veio para São Luís, onde foi assistido pelos médicos Carlos Macieira, Tarquínio Lopes Filho, Vieira de Azevedo e Pinheiro Costa, que aconselharam o comerciante Sadick Nahuz a levar o filho para o Rio de Janeiro.
Na Cidade Maravilhosa chegaram, depois de uma viagem de navio, em julho de 1930. Zuzu foi consultado pelos melhores oftalmologistas do país, Gabriel Andrade Abreu Fialho e Moura Brasil, que nada puderam fazer diante do diagnóstico já evidenciado pelos médicos maranhenses: atrofia do nervo ótico, com origem sifilítica hereditária.
Zuzu, anos depois, ainda tentou recuperar parcialmente a visão, mas a cirurgia, realizada no Rio de Janeiro, foi em vão. Mesmo sem a capacidade de ver as coisas, por ser talentoso e arguto, abraçou a atividade jornalística. Nas redações por onde passou, mantinha uma coluna diária, sob o título de “Rosa dos Ventos”.
Ninguém melhor do que Lago Burnett para definir o jornalismo praticado por Zuzu Nahuz. Por isso, dedicou-lhe bela crônica, publicada no Jornal do Brasil, em 22 de junho de 1973. Dela extraio esta frase verdadeira e sincera: “Zuzu era um dos melhores sujeitos que já conheci. Só tinha um defeito para o exercício do cargo. Era cego. Mas compensava essa deficiência com o aprimoramento da memória”. Assino em baixo.

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DAVID NASSER X AMORIM PARGA

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Na semana passada, abordamos as tratativas de incineração da revista O Cruzeiro, a cargo do universitário e membro do Partido Comunista, Luis Almeida Teles, cuja operação não obteve completo sucesso.
Volto ao assunto, pois nos dias que antecederam à tumultuada eleição do jornalista Assis Chateaubriand, outro episódio, também, de repercussão nacional, aconteceu em São Luís, quando o PSD do Maranhão assumiu o compromisso de elegê-lo senador.
Os atos e os fatos vieram a lume por causa da demissão sumária, por ordem expressa de Chateaubriand, dos brilhantes jornalistas maranhenses, Franklin de Oliveira e Neiva Moreira, que trabalhavam nos Associados e do corpo redacional da revista O Cruzeiro.
Contrários à barganha política, que fez de Chateaubriand candidato ao Senado da República, os jornalistas maranhenses fizeram questão de vir para São Luís e participar do processo eleitoral, no qual tiveram, ainda que o tempo da campanha fosse limitado, atuação desassombrada e viril contra o ex-patrão.
Franklin de Oliveira chegou a ser o candidato oposicionista a suplente de senador na chapa liderada pelo coronel da Aeronáutica, Armando Serra de Menezes. Por isso, ele e Neiva Moreira, passaram a ser alvos principais da violenta e difamatória campanha, movida pelos jornalistas Associados, que Chateaubriand trouxe do Rio de Janeiro para cá.
David Nasser, o mais famoso repórter de O Cruzeiro, autor da reportagem “O velho capitão”, que exaltava a figura humana e política do patrão, em São Luis, através de O Imparcial e O Pacotilha, encarregava-se de falar mal, criticar, atacar e desmoralizar os ex-colegas de redação, tratando-os como traidores e de caráter duvidosos.
Os jornalistas maranhenses, contudo, não aceitavam aquelas diatribes sem respostas. Pelo Jornal do Povo, respondiam aos ataques e vilipêndios no mesmo tom e tratavam de mostrar à opinião pública que David Nasser estava aqui a serviço de um candidato que nada tinha a ver com o Maranhão e de que sua atividade profissional era marcada pela venalidade e pela corrupção.
O duelo entre os maranhenses e David Nasser, veiculado pela imprensa daqui e de fora, ganhou mais consistência e violência, com a presença de mais um jornalista, também maranhense e de projeção nacional: Amorim Parga.
Ao integrar-se ao movimento contra a eleição de Chateaubriand, Amorim Parga assumiu a defesa de Franklin de Oliveira e Neiva Moreira dos severos ataques a David Nasser, mais ainda, desafiando-o para um confronto físico em qualquer lugar da cidade.
Antes das eleições, escreveu um terrível artigo contra o repórter de O Cruzeiro. Dentre outras coisas disse: “Quem é David Nasser para me julgar? Ele que apenas passou de repórter de polícia de O Globo para ser repórter de escândalos e chantagens de Chatô. Roubou mais de 300 contos da sociedade de compositores, furtou um automóvel e está rico como simples jornalista”. E arrematou ferozmente: “Comigo nem tudo se lava com água. Para os homens dignos a honra só se lava com sangue ou se paga com a vida. Escolha as armas. Eu, de minha parte, atacarei onde o encontrar. Vamos ajustar nossas contas. Vamos ver quem tem coragem”.
Como David Nasser calou-se diante do desafio de Amorim Parga, este, no dia das eleições(21 de março de 1955), à tarde, resolveu ir ao Hotel Central, onde o repórter de O Cruzeiro estava hospedado. Ao vê-lo na portaria do hotel, acompanhado do radialista carioca Raul Brunini, Amorim, que estava armado, entregou o revolver a um amigo e imediatamente partiu para cima do jornalista dos Associados, que recebeu algumas bofetadas na cara. Depois se atracaram, mas foram apartados pelos circunstantes.
Após a briga, que logo virou notícia nacional, como mais um ingrediente da escandalosa eleição de Chateaubriand, surgiram múltiplas versões sobre o vencedor da briga. Enquanto os jornais de São Luís apontavam Amorim Parga como herói e o grande vingador do povo maranhense, os veículos de comunicação da poderosa cadeia Associada, afirmavam o contrário.
Depoimento de repórteres e fotógrafos do Rio de Janeiro, que vieram fazer a cobertura do pleito, denegriam a imagem do jornalista maranhense, e alardeavam que David Nasser mostrou o seu lado de homem e valente e não se intimidou com as bravatas de Parga, impondo ao seu agressor uma tremenda surra.

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