Este post é para quem procura uma planta fácil de cuidar.

Se existe uma espécie que se adapta a qualquer situação é a suculenta. As suculentas aceitam sol e sombra, ambientes internos e externos, regas semanais – uma ou duas vezes por semana – e não precisam de muita ventilação. Ela é quase uma “Highlander”.

A variedade de suculentas também é enorme, tem gente que até coleciona a planta. Entre as espécies mais comuns temos a dedo-de-moça (Sedum morganianum), ripsális (Rhipsalis baccifera), e a flor-de-pedra (Haworthia cymbiformis).

Não dá para falar de todos os tipos de suculentas, né?  Então vou eleger uma que eu considero um charme: a flor-de-pedra ou rosa-de-pedra como também é conhecida.

Sua folha é de coloração esverdeada ou azulada e carnuda e coberta por uma cera grossa, que lhes dá um aspecto lustroso e evita a evaporação da água. Ah! Elas são muito fáceis de encontrar aqui em São Luís.

Espero que tenham gostado. Beijos e até!

Uma planta de aparência rústica, mas que esconde grande beleza. Assim é a Iuca, um arbusto perene com cerca de quarenta espécies, das quais duas, Yucca Elephantipes e a Yucca Filamentosa, são extremamente usadas no paisagismo moderno voltado para o escultural.

A Iuca é nativa da América Central, do sul dos Estados Unidos e da Europa mais oriental, as folhas se apresentam sempre verdes, em forma de espada e normalmente com um espinho na ponta. As flores são brancas, como se fossem sinos e surgem no centro do arbusto em forma de uma espiga densa que pode chegar a até dois metros de comprimento.

A flor que em tempos passados chegou a ser muito usada em arranjos, hoje não é o que chama mais atenção na planta. A nova poda usada é o que têm atraído os paisagistas. O novo corte – o tronco alto é cortado em baixo e, a partir deste processo, brotam vários galhos que a transformam em um arbusto bem desenhado – permite sua utilização em ambientes internos, em vasos e cachepôs.

Para isso, a Iuca tem apenas uma exigência: o ambiente deve receber muita luz, pois a planta é de sol pleno. As regas também devem ser espaçadas, pois ela acumula muita água.

Tanta simplicidade encantou o poeta maior Carlos Drummond de Andrade que chegou a escrever em sua homenagem o poema “Rio em flor de janeiro”. No poema Drummond diz: “A gente passa, a gente olha, a gente pára e se extasia… uma soberba flor por sobre todas, e a ela rendo meu tributo apaixonado…Pergunto o nome, ninguém sabe…Iúca! Iúca, meu amor deste verão que melhor se chamara primavera. Yucca gloriosa, mexicana dádiva aos canteiros cariocas.”

Foto: Google Imagens

A aspiração de ter um jardim perfeito é quimérica, mas ele pode chegar perto disso com certos cuidados . Um deles é se programar, escolhendo espécies que precisam de manutenção em períodos distintos, assim você economiza tempo e dinheiro. A outra é cuidar da saúde das plantas evitando o aparecimento de pragas e doenças.

Para quem tem criança e animais em casa, uma boa solução para combater esse tipo de problema é a utilização do óleo de Nim. O Nim (Azadirachta indica) é uma planta originária da Índia que se adaptou muito bem ao clima do Nordeste, e chega a atingir mais de 10 metros de altura. O óleo produzido a partir dessa planta é um protetor natural contra pragas e doenças. Controla lagartas, besouros, gafanhotos, pulgões, cochonilhas, entre outros tipos de insetos. É também indicado no controle de doenças provocadas por fungos, e o melhor, é inofensivo aos humanos e animais.

Em razão da presença nas folhas, cascas, frutos e sementes do Nim, de substâncias como a Azadiractina, Nimbina e Salanina, os produtos dele derivados atuam de diferentes maneiras sobre os insetos. Tem ação inseticida, repelente, reguladora do crescimento e inibidora de apetite. Insetos tratados com o Nim ao se reproduzirem geram insetos deformados, com baixa capacidade de reprodução e alimentação, reduzindo assim a infestação da praga.

Do Nim, extrai-se um óleo que é empregado principalmente na agricultura orgânica, mas que pode ser usado no jardim sem problema algum. Hoje no mercado, já existem várias marcas que fabricam o produto e que são muito eficazes. O único cuidado que você deve ter é na hora que estiver fazendo a borrifação – dê preferência ao fim da tarde quando o sol já não está forte – para evitar manchas nas folhas das plantas.

As instruções dependem do fabricante, mas no geral, três tampas do produto diluídas em um litro de água. A borrifação deve ser feita a cada 10 dias até a completa eliminação do problema. O cheiro é desagradável, mas o resultado compensa.  Depois desse spa tenho certeza que o seu jardim ficará mais bonito.

Beijos e até!

Bibliografia consultada: Agrisustentavel e ONG ESPLAR.

O reaproveitamento de objetos tem se tornado uma tendência muito forte no paisagismo e na decoração. Peças que antes iam parar no lixo agora ganham lugar de destaque e exibem sem pudores, as trincas e as ferrugens que contam histórias de famílias inteiras.

Esse clima “retrô” pode ser conseguido com o reaproveitamento de portões e grades que servem de suportes e condutores para plantas.  Na foto abaixo, duas grades foram fixadas à parede e ajudam a conduzir a trepadeira jasmim-estrela.

O contraste ficou por conta da cor usada na fachada – que criou um ar sofisticado a varada – e as jardineiras em aço galvanizado – que foram pintadas na mesma cor das grades – onde foram plantadas mudas de estrelítzia (Strelitzia reginae).

Beijos e até!

Fotos: Casa e Jardim

As leitoras do Capim-Santo Carina Moreno e Maria Auxiliadora Aragão escreveram ao blog pedindo dicas de como usar pedras na decoração do jardim. Meninas prometi fazer um post sobre o assunto e aí está ele.

Matéria-prima fundamental nas construções da antiguidade, as pedras ganharam o status de elemento decorativo nos anos 1950. Depois de cobrir muros, invadiram os jardins e foram até para dentro das casas.

Elas ajudam a criar contrastes e dão volume ao espaço, além de criar um aspecto ainda mais natural ao paisagismo. Mesmo rústicas elas costumam deixar o ambiente com um ar sofisticado e podem ser usadas em muros, paredes e no piso. Veja nessa seleção de fotos e dicas copiadas da revista Casa e Jardim: na foto da esquerda as pedras portuguesas criaram um mosaico formando um ambiente acolhedor e contemplativo, na foto central a parede foi revestida com seixos rolados de rio, colocados um a um sobre um fundo de argamassa e na foto da direita são os cacos de pedra São Tomé entremeados por pedriscos que dão um ar provençal à área.

As pedras substituem muito bem forrações em locais sombreados, onde o cultivo de algumas espécies se torna mais complicado. Veja nessa outra seleção de fotos, alternativas bem legais que podem ser aproveitadas no seu jardim.

Na foto da esquerda, o piso com desenho geométrico ora tem mosaico português, ora grama e cria um traçado de quadrados e retângulos em zigue-zague, na foto do meio, pedras e pedriscos marcam o passo de quem caminha por este jardim, as pedras conferiram um clima natural ao ambiente recheado de espécies de simples manutenção e na foto da direita seixos rolados ganharam toras de madeira deixando o visual selvagem e rústico.

Espero que tenham gostado das dicas. Beijos e até!

Recebi um e-mail da leitora Camila Donati. Ela diz que tem o desejo de colocar um bambu na sala de casa, mas não sabe se é possível ter esse tipo de planta em ambientes fechados.

Camila, não é todo tipo de bambu que pode ser usado dentro de casa, mas tem uma espécie que virou febre no paisagismo contemporâneo: o bambu-mossô (Phyllostachys pubescens).

Ele é interessante porque pode ser cultivado em vasos – precisa ser levado em conta o tamanho do vaso para o crescimento saudável da planta – e se desenvolve melhor em locais de muito sol, mas tolera interiores, desde que bem iluminados. Por isso, pode ser usado dentro de casa sem problema. As regas podem ser semanais. Na foto pescada da revista Casa e Jardim dá para perceber que trata-se de uma sala que tem uma parede toda de vidro por onde entra muita luz.

O visual exótico do bambu-mossô é resultado de uma técnica aplicada na época em que a planta está se desenvolvendo: o produtor retira as cascas que revestem o caule para que ela fique mais flexível e possa ser facilmente conduzida para a posição desejada. O bambu-mossô é originário da Ásia, onde serve de alimento para os ursos pandas.

Em campo aberto, cresce de 10 a 20 metros em linha reta e vive em média 12 anos, em vasos dificilmente desenvolve o rizoma que dará origem a uma nova espécie.

Camila espero ter ajudado a encorajá-la a comprar um bambu-mossô para a sua casa.

Beijos e até!

Bibliografia consultada: Jardineiro.net

Olha só que notícia bacana eu vi hoje na Agência Brasil! O governo federal está prometendo construir 800 praças em vários municípios brasileiros como parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Ato interministerial publicado hoje (10), no Diário Oficial da União institui o processo de seleção de propostas para a implantação das praças. Os municípios que vão ser beneficiados devem ter população acima de 70 mil habitantes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou com população acima de 100 mil habitantes nas regiões Sul e Sudeste.

Vamos cobrar agilidade dos nossos prefeitos! O dinheiro para as praças vai ter, mas é preciso apresentar uma proposta ao governo federal. Acreditando na boa vontade das prefeituras fico na expectativa por uma bela arborização nas muitas praças que virão por aí.

Beijos e até!

Foto: Praça Benedito Leite – São Luís- MA/Biaman Prado/O Estado

Recebi um e-mail da Karla Garcês que é seguidora do Capim-Santo pedindo sugestões para decorar a sacada do apartamento novo que ela comprou.  A Karla disse que o apartamento tem 58m² e ela “ama plantas e jardins”, mas segundo ela “o espaço é pequeno. Queria saber se há como decorar a sacada com plantas sem perder muito espaço?”.

Primeiro queria agradecer a Karla pela participação, e dizer que a dúvida dela me inspirou a fazer um post sobre o assunto.

Foto montagem: Paulo Júnior

Karla todo espaço por menor que seja fica muito mais bonito e alegre com plantas. Existem espécies de tamanhos variados e que se adaptam muito bem a locais pequenos. Você pode usar vasos com plantas de pequeno a médio porte como a pleomele (Dracaena reflexa ou Pleomele reflexa) e no mesmo vaso usar uma planta de forração. Um lembrete importante: o vaso deve ter um tamanho apropriado para o bom desenvolvimento da raiz da planta.

Foto montagem: Paulo Júnior

A forração é um ótimo artifício para turbinar um vaso e aumentar a variedade de espécies no local. Se a sacada ficar em um lugar com sombra você pode usar grama-preta (Ophiopogon japonicus), já se o lugar estiver à meia-sombra uma boa opção é o dineiro-em-penca (Callisia repens). No caso da sacada receber sol intensamente pode ser usada a grama-amendoim (Arachis repens) ou barba-de-serpente (Ophiopogon jaburan). Caso você queira colorir o vaso com flores, prefira as que são de baixa manuntenção, como sugestão eu indico a azulzinha (Evolvulus glomeratus) e a maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana).
 
Como o espaço que você descreveu é pequeno, sugiro também painéis na parede – podem ser de madeira, ferro ou de fibra de coco – com plantas. O uso de bancos de madeira com ou sem encosto dão um ar romântico ao lugar (use almofadas ou futons no assento para um maior conforto). E lembre-se que nem sempre o mais caro é necessariamente o melhor ou mais bonito, e que, tanto os bancos, como as almofadas podem ser feitas por encomenda. Veja essa seleção de bancos que eu pesquei da revista Casa e Jardim. Assim como no apartamento da Karla, as fotos são de sacadas pequenas . O que vale é a sua criatividade!

Fotos: Casa e Jardim /Foto montagem: Paulo Júnior
O mais importante é ter em casa espécies e objetos que a gente gosta. Espero que tenha ajudado com as dicas.
 
Beijos e até!

Amei essa mesa repleta de vasinhos. Colocaria em um cantinho da minha casa do jeito que está.

Foto: Everything Fabulous

Quer dá um toque diferente a uma janela e não sabe como? Invista em jardineiras. Elas são soluções simples e baratas. Podem ser encontradas no mercado em várias cores, formatos, texturas e materiais (da terracota ao PVC), tudo depende do gosto e da criatividade de cada um.

A jardineira acima, por exemplo, foi tirada do Cheiro de Mato. Foi feita com tubos de PVC, madeira e suporte para calha de PVC. Uma sugestão bem bacana. É fácil de fazer e você pode incrementar pintando-a com cores vibrantes. Eu sugiro um turquesa ou pink.

Esta outra idéia foi tirada do Copy & Paste, também é muito simples de fazer e as flores é que dão o colorido a peça. Beijos e até!