Pessoal estava navegando na net e encontrei essa materinha bem bacana com sugestões quentíssimas para vocês. Com paisagismo bem planejado, a varanda deste apartamento comporta variadas espécies, inclusive uma jabuticabeira, que ajuda a atrair os pássaros. Veja o texto e a proveitem as dicas. Beijos e até!
Perfumadas, várias espécies de temperos aguçam o olfato e o imaginário: tomilho-limão, sálvia, orégano (primeiro plano), cebolinha e alecrim, manjericão verde, manjericão vermelho e hortelã. Spots valorizam as diferentes plantas escolhidas para os quatro vasos grandes. Ao lado da estante, pata-de-Elefante (Beaucarnea recurvata), seguida de bambu-mossô (Phylostachis pubescens), formio (Formio tenax) e uma jabuticabeira híbrida.
“Os pequenos espaços exigem bastante criatividade. Para ambientes assim temos de considerar o apelo estético sem nunca esquecer da praticidade e utilização do local.” Foi com esse conceito em mente que o paisagista Eduardo Luppi projetou a varanda de 10 m² de uma psicóloga que mora na capital paulista. Apostando na simplicidade, ele ofereceu à proprietária um lugar especial para fugir da correria do dia a dia.
O espaço deveria atender a duas exigências: dar maior privacidade, protegendo a proprietária da vista dos vizinhos, e servir como recanto para leitura. O conforto visual foi o ponto de partida, portanto. A cerâmica natural predominante e os demais elementos em tons neutros deixam que o olhar se concentre naturalmente nas plantas.
Os vasos se destacam sem competir com o mármore travertino, com a fibra natural ou com o tecido de algodão do sofá com proteção impermeabilizante. Já a estante de ferro dialoga harmoniosamente com o alumínio anodizado que emoldura o vidro temperado do guarda-corpo.
O fato de a varanda ser voltada para a face leste, banhada pelo sol da manhã, norteou a escolha dos vasos e espécies, levando-se em conta a manutenção e a quantidade de luz natural que receberiam. De uma maneira geral, eles não exigem muitos cuidados. Além da rega, que deve ser abundante no caso da jabuticabeira, por exemplo, a cada dois meses deve-se fazer adubação e poda.
Desejo explícito da proprietária, a árvore frutífera atrai pássaros ao local, criando um clima interiorano. Os temperos também foram solicitados pela psicóloga. Os cheiros e sabores à disposição contribuem para o ambiente oferecer o relaxamento proposto.
Atenção especial foi dada à iluminação. Eduardo Luppi planejou e executou a luminotécnica antes do plantio, para destacar a beleza das espécies. Bem isolada para evitar choque elétrico, a fiação que alimenta as lâmpadas minidicroicas dos spots direcionados passa por orifícios localizados pela parte de trás da base dos vasos, distantes deles 5 cm. Na estante de ferro, outros quatro spots de alumínio complementam o cenário.
No detalhe, a delicadeza dos miniantúrios e das flores-de-maio destaca-se na sobriedade do ferro da estante e da cerâmica da parede. Para oferecer conforto visual, os vasos cerâmicos não receberam pintura. O efeito manchado é esperado e proposital. A drenagem nos recipientes foi feita com argila expandida e manta Bidin, que permite o escoamento da água mantendo a terra na raiz das plantas.
As duas caixas de madeira Cumaru que camuflam a unidade externa do ar-condicionado servem de bancada para os vasos menores. Nas floreiras do chão, as íris-da-praia (Neomarica gracilis) ajudam a disfarçar a solução.
No alto da estante de ferro, jasmim-amarelo (Jasminum mesnyi) e flor-de-maio (Schlumbergera truncata) foram a opção. Logo abaixo, suculentas (Ripsalis baccifera), seguidas de miniantúrios (Anthurium andraeanum). A flor-de-maio volta na penúltima prateleira e serissas (Serissa foetida), perto do piso, completam a sequência.
Matéria da revista Casa e Construção e fotos Paula Fratin.