Por Ana Paula • segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A Sumaúma (Ceiba Pentandra), árvore preferida do maestro Tom Jobim em seus passeios pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro é a “mesma” que encanta os moradores de São Luís do Maranhão. Só que por aqui, a árvore é conhecida como Barrigudeira. Por ser uma árvore com características da Região Amazônica, principalmente das áreas inundáveis, atinge de 30 a 40 metros de altura e apresenta raízes tabulares superdesenvolvidas que ajudam na sustentação da planta. Essas raízes podem chegar a até 5m de altura.
As raízes são usadas pelos índios na comunicação pela floresta, o que é feito mediante batidas. Mas, em São Luís, em meio a tantas histórias que povoam o imaginário popular, existe uma que conta que as raízes da Sumaúma servem de proteção para muitos encontros amorosos, daí o apelido de “Barrigudeira”.
Seu fruto possui uma fibra sedosa (paina) que se assemelha ao algodão. Ela envolve as sementes e é usada na fabricação de coletes salva-vidas e colchões. A casca da árvore também pode ser utilizada para fazer canoas. A frutificação ocorre no mês de outubro.
Fotos: TrekNature (esquerda) e De Jesus (direita).
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Por Ana Paula • sábado, 14 de agosto de 2010
Elas dão flores, frutos e sombra. Embalam fantasias e guardam lembranças… Sejam frutíferas ou espécies tropicais, elas sempre são as estrelas de um jardim e da vida dos moradores. Algumas árvores possuem o tronco tão escultural que trazem um charme a mais no paisagismo. Entre as espécies conhecidas por possuírem essas características podemos destacar o tataré (Chloroleucon tortum), pau-ferro (Caesalpinia ferrea), jabuticabeira (Myrciaria cauliflora) e o jasmim-manga (Plumeria rubra).
O tataré é nativa da região Sul e Sudeste do país. Ele apresenta galhos retorcidos, com muitos espinhos, um tronco marmorizado e flores com numerosos estames esbranquiçados. Atinge cerca de 12 metros de altura e até 50 cm de diâmetro.
O pau-ferro é outra espécie conhecida pelo seu aspecto marmorizado. Ele costuma ditar o tom do jardim pela beleza de seu tronco. É nativa da Mata Atlântica, ocorrendo do Sudeste ao Nordeste do Brasil. O pau-ferro atinge de 20 a 30 metros de altura e sua copa pode chegar a 12 metros de diâmetro. Apesar de ser uma árvore de grande porte, não possui raízes agressivas, mas seu plantio deve ser evitado em áreas pequenas como as calçadas, por exemplo.
A jabuticabeira é uma das mais curiosas de todas, pois suas flores e frutos surgem em grande quantidade no tronco. Os ramos da jabuticabeira nascem desde a base e são revestidos por uma casca fina e de aparência marmorizada. Por suas características ornamentais, a espécie sempre ganha lugar de destaque no paisagismo. É nativa da Mata Atlântica e chega a atingir 8 metros de altura. Seus frutos são deliciosos, mas difíceis de encontrar nos mercados, pois como dizia Carlos Drummond de Andrade em “Menino Antigo”: “…jabuticaba se chupa no pé…”. Por isso, trate logo de plantar a sua.
O jasmim-manga é outra espécie bastante escultural e muito encontrada nas casas especializadas aqui de São Luís. É uma planta barata e que não necessita de muitos cuidados. Sua florada sempre muito perfumada pode ser encontrada nas cores vinho, branca, amarela, salmão ou rosa. O jasmim-manga não tolera muita água e se multiplica facilmente por estaquia.
Bibliografia Consultada: Jardineiro.net, Revista Natureza (ed. 271/2010). Fotos: Divulgação (Campinas Decor 2010), Revista Casa e Jardim, Jardineiro.net e Árvores do Brasil.
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Por Ana Paula • quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Como post de estreia vamos falar sobre o uso do capim no paisagismo. O capim de um modo geral é da família das gramíneas. É uma solução simples e barata, que provoca grande efeito no jardim. Independentemente da espécie podem ser usados em grupos ou isolados. Os capins dão um clima de campo, mesmo na cidade e são de fácil manutenção. O capim requer poucos cuidados e para mantê-los sempre vistosos a dica é retirar as folhas secas.
O capim-santo (Cymbopogon citratus) é um dos mais populares e é muito usado como erva medicinal, mas tem um efeito surpreendente se usado em jardins. Também conhecido como capim-limão possui folhas aromáticas e estreitas com bordas cortantes, com mais de 50 cm de comprimento. Forma uma touceira densa e de coloração verde clara. O capim-santo é extremamente rústico e se adapta a variadas condições de clima e solo. Pode ser plantado em vasos e jardineiras, por ter um crescimento rápido é ideal para canteiros ou como bordadura em grandes áreas.
O capim-dos-pampas (Cortaderia selloana) é uma herbácea nativa do Brasil e da Argentina que apresenta folhas lineares com bordas cortantes e inflorescências constituídas por plumas branco-prateadas. Ele chega a atingir 2,5 metros de altura. O capim-dos-pampas é ideal para ser cultivado em renques, mas sua beleza fica ressaltada se utilizado isolado em gramados.
Conhecido por sua coloração roxa nas folhas e flores, o Capim-do-texas (Pennisetum setaceum) gosta de sol e suporta períodos de estiagem. Ele também pode ser encontrado em tons de verde e vermelho. É uma gramínea muito ornamental e de folhagem densa com flores que se assemelham a plumas nos tons da folhagem. Pode ser cultivado em maciços, como bordaduras ou em canteiros, mas também pode ser usado em vasos e jardineiras. O capim-do-texas por ser uma planta rústica é de baixa manutenção e tolera solos pobres, secos e até úmidos. Ele é muito usado por paisagistas em áreas com tendência a erosão para controlar o problema. O cultivo do capim-do-texas, no entanto, deve ser controlado. O ideal é usar espécies estéreis, pois ele é uma planta muito invasiva.
Bibliografia consultada: Jardineiro.net
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Por Ana Paula • quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Hoje é minha estreia como blogueira. É muito legal poder compartilhar com vocês um pouco do que sei e, ao mesmo tempo, interagir com todos os que como eu, adoram o verde.
Para chegar até aqui dei muitas voltas, plantei muitos vasos, “mudei muita planta de lugar…” como dizia Cássia Eller. Depois de quase dois anos do surgimento da ideia de escrever sobre o assunto, finalmente criei coragem, e eis que surge o Capim-Santo. O nome faz referência a uma herbácea da família das gramíneas, uma planta muito versátil. Assim como a planta, o blog tem uma proposta muito abrangente.
O meu maior objetivo é criar um canal de comunicação aberto, para todos que trabalham nesta área – fornecedores, produtores, agrônomos, paisagistas, jardineiros, ambientalistas – e principalmente para quem deseja entrar nesse maravilhoso universo. Aqui daremos dicas sobre cultivo, sugestões de projetos paisagísticos, arranjos, enfim tudo o que permeia esse universo verde.
O paisagismo é uma atividade encantadora e nela observamos, criamos, ousamos, projetamos, negociamos, compramos, plantamos, regamos e fazemos grandes amigos. Espero que você seja mais um!
O blog está aberto e os créditos serão devidamente dados. Estarei sempre de olho nos comentários e tentarei responder a todos, ok?
Sejam bem-vindos ao Capim-Santo!
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