Carlos Brandão é um dos 13 governadores com antepassados ligados à escravidão

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Hoje (20), Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra é celebrado pela primeira vez como feriado nacional. Um dado que chama a atenção para uma reflexão sobre a data comemorativa na Pesquisa da Agência Pública, Projeto Escravizadores, revela que o governador do Maranhão, Carlos Brandão Júnior (PSB-MA) é um dos 13 governadores com antepassados ligados à escravidão.

O governador Carlos Brandão Júnior, tem como trisavô o Coronel José Trajano de Caminha Brandão, sem data de nascimento conhecida e com falecimento estimado por volta de 1870. Segundo uma publicação do Diário do Maranhão, datada de 3 de julho de 1857, ele teria vendido ao menos uma pessoa escravizada.

Dos 27 governadores, quase metade, 13, também entraram no levantamento: Carlos Brandão Júnior (PSB-MA), Cláudio Castro (PL-RJ), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Fátima Bezerra (PT-RN), Gladson Camelli (PP-AC), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevêdo (PSB-PB), Jorginho Mello (PL-SC), Rafael Fonteles (PT-PI), Raquel Lyra (PSDB-PE), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

O que todos esses políticos têm em comum? Todos eles têm antepassados diretos que teriam pessoas escravizadas, utilizaram mão de obra escravizada ou atuaram para conter revoltas de pessoas negras e pobres durante o Brasil colonial e no Império.

Essa é a conclusão principal do Projeto Escravizadores, investigação inédita feita pela Agência Pública que mapeou os antepassados de mais de cem autoridades brasileiras para identificar se havia casos de uso de mão de obra escravizada. A investigação foi feita com apoio do Pulitzer Center.

Feriado do Dia Nacional da Consciência Negra tem festas em todo o país

Nesta quarta-feira (20), o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra será celebrado pela primeira vez como feriado nacional. Até 2023 a data era celebrado em apenas seis estados e pouco mais de 1.200 cidades, e passou a ser comemorado em todo o país após a sanção da Lei n° 14.759, em dezembro de 2023, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o Ministério da Igualdade Racial, a conquista do feriado marca a relevância da cultura e história afro-brasileira para o país. “A celebração em nível nacional é um chamado para que toda a população possa refletir sobre a identidade do Brasil, sobre a importância de valorizar as diferenças e agir coletivamente para que tenhamos uma nação cada vez mais desenvolvida e diversa”, comemora a pasta.

Em todo o país também acontecem atividades relacionadas ao Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra. O Ministério da Igualdade Racial, em parceria com os ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania e da Cultura, lançou o hotsite e o mapa da igualdade racial, onde é possível verificar a programação de diversas ações e eventos agendados por todo o Brasil.

Na Região Nordeste, onde se concentra boa parte da população negra do país, debates, rodas de conversa, festivais e apresentações culturais também celebram a data.

Em São Luís, movimentos sociais do campo e da cidade homenageiam Zumbi dos Palmares com o Festival Zumbi Vive, voltado para o reconhecimento das contribuições históricas e artísticas do povo negro e o legado de resistência e liberdade deixado por Zumbi. O festival também reforça a importância de combater o racismo e a desigualdade social. 

Na programação, o destaque fica por conta da apresentação de roda de capoeira, artistas como Joãozinho Ribeiro, Rosa Reis, Mestre Roxa, o Tambor de Crioula Filhas de São Benedito e bloco Afro Akomabu, o mais antigo do estado.

Zumbi dos Palmares

A data de 20 de novembro é um reconhecimento à história de resistência do Quilombo dos Palmares, formado na Serra da Barriga, na então Capitania de Pernambuco, hoje estado de Alagoas, por volta de 1580.

Palmares foi o maior refúgio de negros da América Latina, chegando a reunir 20 mil pessoas, a maioria delas escravizados que fugiram dos engenhos da Bahia e de Pernambuco.

Em 1694, o quilombo foi destruído e, em 20 de novembro do ano seguinte, seu líder, Zumbi dos Palmares, foi assassinado, daí a relevância simbólica da data para a população afrodescendente.

Uma programação especial ocorrerá na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL), região onde está o Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

Escravizados nas plantações, nas casas e no comércio

São várias as relações dos antepassados das autoridades brasileiras com a escravidão. O tataravô do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, era o coronel José Manoel da Silva e Oliveira, nascido por volta de 1771, em Minas Gerais. O militar foi uma importante figura a comandar a exploração de ouro nas antigas capitanias de Minas e Goiás. Segundo registros históricos, em uma dessas empreitadas para tentar achar novos pontos de mineração, ele teria usado pessoas escravizadas, que morreram no caminho de forma trágica devido a doenças.

A investigação encontrou diversos casos de antepassados de políticos atuais que teriam usado pessoas escravizadas em fazendas, no plantio e colheita de cana-de-açúcar, para produção de algodão e em fazendas de fumo, no Recôncavo Baiano.

Também há casos de pessoas escravizadas que viveriam nas casas dos senhores, acompanhando e cuidando de idosos, conforme mencionam testamentos, e outras que viajavam em companhia de seus escravizadores. Encontramos também registros de compra a venda de escravizados e até mesmo de aluguel dessas pessoas.

“Não eram só os grandes proprietários de terra que tinham escravizados, mas [também] comerciantes, pessoas com pequenas propriedades e que muitas vezes tinham propriedades de plantio só para consumo próprio ou no máximo para venda local, mas não necessariamente para exportação e que tinham um, dois escravizados ali que faziam esse trabalho”, comenta a historiadora e educadora social Joana Rezende.

“Muitas pessoas tinham escravizados que, por exemplo, alugavam para outras pessoas, para outras propriedades. Haviam essas várias formas de, digamos assim, usar um escravizado, não só para plantação, não só nas lavouras”, completa.

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Aprovados em concurso de Rosário repudiam ação ajuizada pelo prefeito eleito, Jonas Magno, para suspender certame

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Aprovados e classificados no concurso público destinado ao preenchimento de cargos efetivos na Prefeitura de Rosário divulgaram nota de repúdio a ação popular ajuizada pelo prefeito eleito, Jonas Magno, para suspender o certame e, consequentemente as nomeações daqueles que aguardam ansiosamente o ingresso no serviço público. Segue a nota:

NOTA DE REPÚDIO

Nós, aprovados e classificados no concurso público, manifestamos nosso profundo repúdio à Ação Popular proposta pelo prefeito eleito Jonas Magno, que solicitou a suspensão do concurso pelo qual nos dedicamos com tanto empenho e esperança.

Este concurso não é apenas uma oportunidade de emprego; ele simboliza a realização de sonhos e o resultado de meses de esforço, sacrifício e estudo. Muitos de nós somos cidadãos de Rosário e, além de futuros servidores públicos, também somos eleitores do prefeito eleito. Investimos tempo, amor e fé em um futuro onde poderíamos servir nossa comunidade de maneira significativa e transformadora.

A recente suspensão do concurso em Rosário, que havia sido realizado de forma regular e sem quaisquer indícios de irregularidades, tem causado indignação na população e levantado preocupações sobre a integridade das decisões políticas e judiciais do município.

O prefeito eleito é acusado de estar por trás dessa manobra, com o objetivo de invalidar o concurso e abrir espaço para nomear aliados políticos e eleitores em cargos que deveriam ser preenchidos por mérito.

Essa ação, que afronta diretamente os princípios da impessoalidade e eficiência no serviço público, gerou críticas de diversos setores da sociedade civil.

Para agravar a situação, há rumores de que a suspensão foi facilitada pela influência do pai do prefeito (por duas vezes o pedido de suspensão foi indeferido pela magistrada Karine Lopes de Castro Cardoso), que ocupa o cargo de juiz e teria utilizado sua posição para favorecer o filho. Se confirmadas, essas práticas levantam um sério alerta sobre a independência e imparcialidade das instituições no município.

Os aprovados e classificados, que dedicaram tempo e recursos para participar do concurso, agora enfrentam um cenário de incerteza e revolta. Muitos deles, confiantes na lisura do processo, esperam ocupar as vagas conquistadas legitimamente.

A suspensão não só prejudica esses cidadãos, como também fragiliza a confiança nas instituições locais. A sociedade de Rosário não pode aceitar passivamente uma ação que desrespeita os valores democráticos e os direitos de seus cidadãos.

É fundamental que o Ministério Público e outros órgãos competentes sejam acionados para investigar essa situação, garantindo que os princípios constitucionais sejam preservados. Enquanto isso, fazemos um apelo para que a população de Rosário se mobilize, cobrando transparência e justiça.

O respeito ao concurso público não é apenas uma questão técnica, mas um alicerce da democracia e da igualdade de oportunidades. Rosário merece mais do que privilégios e apadrinhamentos: merece respeito, ética e compromisso com o bem comum.

Aprovados e classificados

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‘TPM’ homenageia Thajla Azevedo na AmoVinho

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Thajla Azevedo fala sobre carreira, empreendedorismo e paixão pelo que faz durante o ‘TPM

SÃO LUÍS – As noites de terça-feira estão cada vez mais badaladas e agradáveis no AmoVinho Bistrô & Adega (Parque Shalon). É que a casa tem levado muito a sério o projeto TPM (Terça para Mulheres), uma iniciativa que é, na verdade, um intercâmbio de experiências profissionais e de vida.

Na terça (19), quem marcou presença foi a empresária, dentista, influenciadora digital e palestrante Thajla Azevedo, que abordou carreira, empreendedorismo e paixão pelo que faz. A homenageada falou um pouco sobre como busca equilibrar tantos papeis na vida.

Célia Marinho, da AmoVinho, com Thajla Azevedo
Thajla com a jornalista Dalva Rêgo, curadora do projeto ‘TPM’

A noite, em que as convidadas foram recepcionadas pela empresária Célia Marinho, da AmoVinho, e pela curadora do projeto ‘TPM’, jornalista Dalva Rêgo, foi das mais agradáveis e enriquecedoras. Além do bate-papo, os presentes se deliciaram com o cardápio do restaurante.

Plateia assiste com atenção à palestra de Thajla Azevedo
Célia Marinho mostra garrafa do vinho Almar, autoral da AmoVinho

Aliás, a cada edição do TPM, o jantar executivo sai por R$95, com direito à entrada, prato principal e sobremesa, além de uma taça de vinho selecionado pela casa.

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Sobre a tentativa de assassinato de Lula e de outras pessoas

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Eu duvido daquilo que não tenho certeza, e como eu não tenho certeza da veracidade do que está sendo dito, até que me seja provado, eu tenho dúvida. Ou seja, se me provarem, sem a menor sombra de dúvida, que tais afirmações são irrefutavelmente verdadeiras, QUE SE TOMEM AS MEDIDAS CABÍVEIS SEGUNDO A LEI, caso contrário, tudo isso vai ser mais um monte de narrativas feitas na tentativa de justificar os desmandos que estão sendo cometidos, muitos dos quais eu não tenho nenhuma dúvida de estarem acontecendo, e da forma mais descarada possível.

Cogitar matar alguém que é odiado por muito mais da metade do povo é até algo que se possa vir a compreender, mesmo que não se aceite, mas pensar em matar alguém que é apoiado por mais da metade deste mesmo povo, é algo não apenas inaceitável, mas também completamente inadmissível!

O imbecil que cogitou matar uma figura como Lula, deveria ter sido fuzilado pelos próprios amigos, por ser completamente desnecessário em qualquer organização, seja ela política ou criminosa. Um assassinato deste tipo geraria um efeito contrário, idêntico ao que aconteceu com o atentado contra Bolsonaro, fato que ajudou muito em sua vitória eleitoral.

É serio mesmo que esses caras iriam matar um Presidente e um Vice-Presidente da república recém eleitos, e de lambuja mais um Ministro da Suprema Corte, com um orçamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais)? Está mais que claro que um plano desses não é algo em que se possa realmente acreditar.  Parece mais enredo de novela de quinta categoria, pois vejam bem que para assassinarem a vereadora Marielle Franco, os mandantes gastaram alguns milhões, e se pararmos para pensar,  o orçamento de um show desses patrocinados pela Lei Rouanet é pelo menos 50 vezes maior que o orçamento cogitado.

Soube que alguém andou publicando uma matéria que dizia que os sujeitos que teriam tramado a morte de Lula, Alckmin e Moraes, também tramaram matar o ministro Flávio Dino, todos no dia 15 de dezembro de 2022, mas nesta data Flávio Dino ainda era governador do Maranhão!…

Outro fato curioso é o fato de que quatro dos cinco presos sob essa acusação estavam trabalhando na segurança dos chefes de estado na reunião do G20, o que significa que eles não saíram de circulação e poderiam ter perpetrado tal crime depois do planejado.

Um fato muito curioso nisso tudo é a retroalimentação que há entre as investigações, os julgamentos e a imprensa, no tocante a esses casos. Os investigadores e o julgador repassam as notícias que interessam a imprensa, que por sua vez montam as narrativas que interessam aos investigadores e ao julgador, como tem sido a pratica descarada dos últimos anos.

Mais uma vez: Caso fique provado cabalmente que são verdadeiros os fatos levantados nessa investigação que claramente é uma “fishing expedition”, espero QUE SE TOMEM AS MEDIDAS CABÍVEIS SEGUNDO A LEI.

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NESTE PNLD 2023, LEVE UM LIVRO BEM MARANHENSE PARA SALA DE AULA

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Chegou a hora de escolher os livros do PNLD 2023 destinados ao 4º e 5º ano (categoria 2) e o nosso Adivinha quem foi o miolo do boi (Arco 43) está entre os selecionados. Inspirado no Bumba Meu Boi do Maranhão, uma das maiores festas populares do nosso país, o livro fala sobre amizade, respeito e encontro com a diferença, numa emocionante história que tem como pano de fundo uma animada festa junina.

ANOTE O CÓDIGO: 0569 P23 0302 000 000. 

ACESSE O LINK: https://pnldensinofundamental.editoradobrasil.com.br/adivinha-quem-foi-o-miolo-do-boi/

Tudo acontece quando, durante as férias, Duda recebe a visita do primo Beto. Ao saber da novidade, a animação é total, mas, passados os primeiros dias, Duda se sente incomodado e com ciúmes do primo, para quem todos dão atenção.

O mal-estar finalmente se desfaz na noite em que os primos vão juntos ver a apresentação do Bumba Meu Boi e algo eletrizante acontece. O espetáculo festivo se torna um ótimo momento para os primos entenderem o verdadeiro sentido da amizade. Recheado de fascinantes ilustrações, essa obra mostra um pouquinho da história, das cores e das tradições de uma das festas populares mais famosas do Brasil.

Adivinha quem foi o miolo do boi é enriquecido ainda com um texto em formato de teatro, ideal para trabalhar em sala de aula, contando a lenda de Catirina, famosa personagem dessa bela manifestação.

Premiação: Acervo Básico FNLIJ 2019 – Categoria Criança.

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